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sábado, 24 de março de 2012

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 10

Querido evangelizador, trabalhe a história espírita infantil “Jesus levanta Sharon”: do livro
Escuta Meu Filho, do Espírito Aura Celeste:
“[...] É a história de uma menina muito bonita, de doze anos de idade, minha fi lha.
Os pais da garota eram ainda jovens e desfrutavam uma posição de destaque na cidade
em que viviam. Recebiam em sua casa altas personalidades da Galiléia. Não raro eram alvos
das atenções do próprio Tetrarca.
Contudo, eram simples de coração, e sentiam real constrangimento nos meios em que
predominavam a mentira, a falsidade e a pompa.
Certa vez, a filhinha daquele casal apareceu doente. Primeiro, uma febre impertinente; depois um grande torpor. A pobrezinha fi cou terrivelmente abatida. Como era natural, os pais tomaram-se de profunda aflição. Os melhores médicos foram
imediatamente chamados para assistirem à enferma adorada. Todos os esforços, porém, pareciam inúteis naquela dolorosa conjuntura.
O pai da criança viu-se obrigado a comparecer à Sinagoga, de onde era uma das figuras mais influentes. Naquela manhã radiosa de sol, o moço buscara a casa secular das tradições religiosas dos avós, com o objetivo de orar. Precisava de alguma luz para o coração conturbado e triste. Quem sabe a Misericórdia Divina baixaria sobre o lar, curando-lhe a filhinha querida!
Encontrou-se no caminho da praia, com Jesus, a quem já havia recebido em casa, numa tarde memorável. Jesus falava à multidão.
Puseram-se ambos a conversar sobre problemas do Espírito. A palavra do Mestre caía no coração do jovem pai como a chuva fresca molha a terra seca no verão. O moço aflito recolhia cada palavra com a unção extática de um místico. Nunca sentira, como naquela hora angustiosa, tão grave necessidade de reconforto, de compreensão, de estabilidade nos pensamentos desencontrados,
de equilíbrio no coração amargurado.
Precisava compreender os motivos pelos quais Deus proporcionava dores e aflições a um de
Seus Anjos... Se era ele e a esposa que o Pai desejava castigar, por que não o fazia de maneira
direta, lançando-os na condição de enfermos?
Jesus ouvia o moço com atenção e interesse. Nos seus olhos mansos havia compreensão e piedade.
- Nosso Pai, diz o Mestre, sabe o que faz. Ele se inspira na Justiça Eterna porque é a própria
Justiça e a Misericórdia sem limites.
Naquele momento, um grupo apressado foi ao encontro dos dois. Eis que um homem se destaca do meio do povo e fala com tocante tremura na voz:
- Tua mulher te chama, Jairo! Tua filha acaba de morrer!
Um raio que se abatesse sobre o moço não lhe teria causado dano maior que a brutal notícia
que lhe transmitiam. Suas pernas falsearam e teria caído se não o tivesse amparado a palavra do Mestre:
- Não te preocupes. Tua filha vive ainda, Jairo.
- Vamos então, até minha casa. Peço-vos que vejais minha Sharon...
Dentro de pouco, Jesus e seus discípulos penetraram os pórticos da luxuosa residência de Jairo, em Cafarnaum.
Grande número de pessoas ali se achavam, no afã de servir o jovem casal naquela hora aflitiva.
Jesus pede, então, que esvaziem o quarto da menina. Todos se retiram. Ficaram apenas o Mestre, os discípulos e os pais da menina.
Jesus aproximou-se da criança. Esta apresentava o aspecto de um cadáver. Não se movia, todo o sangue lhe fugira das faces. O coração parecia imóvel no seu ritmo imperceptível.
A formosa mão do Cristo toma as mãozinhas frias de Sharon. Seu Espírito se entrega inteiro à oração e vai transmitindo, àquele corpinho gentil, generosas doses de magnetismo benéfico.
O coração da bela menina, como que acionado por desconhecida força, recomeçou a funcionar normalmente. As faces tingiram-se de leve carmim. A boquinha entreabriu-se num meio sorriso de despertar suave. Os olhos moveram-se, lentos, sob as pálpebras, que se descerraram brandamente.
E a menina falou, foi a primeira a falar dentre aquelas pessoas emudecidas pela surpresa e pela emoção!
- Mamãe!
Estava salva.”


Vamos confeccionar um lindo quadrinho que representa a essência do Contando uma história: A cura da menina Sharon. Reciclando as bandejas de frutas e verduras e outra parte importante que o trabalho de coordenação motora ao amassar os pedaços de papel de seda. O desenho da cena, peguei na Internet, quem quiser posso enviá-la por e-mail. E no Brincando com Jesus podemos dramatizar a história.

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 9

Você poderá trabalhar a história espírita infantil “A amizade real”, do Espírito Neio Lúcio do livro Alvorada cristã:
“Um grande senhor que soubera amontoar sabedoria, além da riqueza, auxiliava diversos amigos pobres, na manutenção do bom ânimo, na luta pela vida. Sentindo-se mais velho, chamou o filho à cooperação. O rapaz deveria aprender com ele a distribuir gentilezas e bens.
Para começar, enviou-o à residência de um companheiro de muitos anos, ao qual destinava trezentos cruzeiros mensais. O jovem seguiu-lhe as instruções. Viajou seis quilômetros e encontrou a casa indicada. Contrariando-lhe a expectativa, porém, não encontrou um pardieiro em ruínas. O domicílio, apesar de modesto, mostrava encanto e conforto.
Flores perfumavam o ambiente e alvo linho vestia os móveis com beleza e decência. O beneficiário de seu pai cumprimentou-o, com alegria efusiva, e, depois de inteligente palestra, mandou trazer o café num serviço agradável e distinto. Apresentou-lhe familiares e amigos que se envolviam, felizes, num halo enorme de saúde e contentamento.
Reparando a tranqüilidade e a fartura, ali reinantes, o portador regressou ao lar, sem entregar a dádiva.
- Para quê? - confabulava consigo mesmo - aquele homem não era um pedinte. Não parecia guardar problemas que merecessem compaixão e caridade. Certo, o genitor se enganara.
De volta, explicou ao velho pai, particularizadamente, quanto vira, restituindo-lhe a importância de que fora emissário. O ancião, contudo, após ouvi-lo calmamente, retirou mais dinheiro da bolsa, dobrou a quantia e considerou:
- Fizeste bem, tornando até aqui. Ignorava que o nosso amigo estivesse sob mais amplos compromissos. Volta à residência dele e, ao invés de trezentos, entrega-lhe seiscentos cruzeiros, mensalmente, em meu nome, de ora em diante. A sua nova situação reclama recursos duplicados.
- Mas, meu pai - acentuou o moço -, não se trata de pessoa em posição miserável. Ao que suponho, o lar dele possui tanto conforto, quanto o - Folgo bastante com a notícia - exclamou o velho.
E, imprimindo terna censura à voz conselheira, acrescentou:
- Meu filho, se não é lícito dar remédio aos sãos e esmolas aos que não precisam delas, semelhante regra não se aplica aos companheiros que Deus nos confiou. Quem socorre o amigo, apenas nos dias de extremo infortúnio, pode exercer a piedade que humilha ao invés do amor que
santifica. Quem espera o dia do sofrimento para prestar o favor, muita vez não encontrará senão silêncio e morte, perdendo a melhor oportunidade de ser útil. Não devemos exigir que o irmão de jornada se converta em mendigo, a fim de parecermos superiores a ele, em todas as circunstâncias.
Tal atitude de nossa parte representaria crueldade e dureza. Estendamos-lhe nossas mãos e façamo-lo subir até nós, para que nosso concurso não seja orgulho vão. Toda gente no mundo pode consolar a miséria e partilhar as aflições, mas raros aprendem a acentuar a alegria dos entes amados, multiplicando-a para eles, sem egoísmo e sem inveja no coração. O amigo verdadeiro, porém, sabe fazer isto. Volta, pois, e atende ao meu conselho para que nossa afeição constitua sementeira de amor para a eternidade. Nunca desejei improvisar necessitados, em torno de nossa porta e, sim, criar companheiros para sempre.
Foi então que o rapaz, envolvido na sabedoria paterna, cumpriu quanto lhe fora determinado, compreendendo a sublime lição de amizade real”.


A sugestão é reciclar sempre, reaproveitar caixas de suco e de leite, como o personagem da história distribuía gentilezas, cada criança vai amassar o papel de seda e revestir a caixinha e depois com o mesmo papel amassado e colorido, criar figuras do tipo flores ou colagens. Que tal fazer algo mais para presentear alguém? Deixar uma mensagem espírita, um docinho, balas... Caso não haja possibilidade de ter arrumado uma caixa para cada criança, que tal montar numa caixa grande, uma colagem e juntos fazerem docinhos: de leite ou brigadeiro para oferecer aos trabalhadores do posto? Eles vão se sentir muito úteis!!!

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 8

Trabalhar a história espírita infantil “O culto cristão no lar”, de Neio Lúcio, do livro Jesus no lar:
“Povoara-se o firmamento de estrelas, dentro da noite prateada de luar, quando o Senhor, instalado provisoriamente em casa de Pedro, tomou os Sagrados Escritos e, como se quisesse imprimir novo rumo à conversação que se fizera improdutiva e menos edificante, falou com bondade:
- Simão, que faz o pescador quando se dirige para o mercado com os frutos de cada dia?
O apóstolo pensou alguns momentos e respondeu, hesitante:
- Mestre, naturalmente, escolhemos os peixes melhores. Ninguém compra os resíduos da pesca.
Jesus sorriu e perguntou, de novo:
- E o oleiro? que faz para atender à tarefa a que se propõe?
- Certamente, Senhor - redargüiu o pescador, intrigado -, modela o barro, imprimindo-lhe a forma que deseja.
O Amigo Celeste, de olhar compassivo e fulgurante, insistiu:
- E como procede o carpinteiro para alcançar o trabalho que pretende? O interlocutor, muito simples, informou sem vacilar:
- Lavrará a madeira, usará a enxó e o serrote, o martelo e o formão. De outro modo, não aperfeiçoará a peça bruta.
Calou-se Jesus, por alguns instantes, e aduziu:
- Assim, também, é o lar diante do mundo. O berço doméstico é a primeira escola e o primeiro templo da alma. A casa do homem é a legítima exportadora de caracteres para a vida comum. Se o negociante seleciona a mercadoria, se o marceneiro não consegue fazer um barco sem afeiçoar a madeira aos seus propósitos, como esperar uma comunidade segura e tranqüila sem que o lar se aperfeiçõe? A paz do mundo começa sob as telhas a que nos acolhemos. Se não aprendemos a viver em paz, entre quatro paredes, como aguardar a harmonia das nações? Se nos não habituamos a amar o irmão mais próximo, associado à nossa luta de cada dia, como respeitar o Eterno Pai que nos parece distante?
Jesus relanceou o olhar pela sala modesta, fez pequeno intervalo e continuou:
- Pedro, acendamos aqui, em torno de quantos nos procuram a assistência fraterna, uma claridade nova. A mesa de tua casa é o lar de teu pão. Nela, recebes do Senhor o alimento para cada dia. Por que não instalar, ao redor dela a sementeira da felicidade e da paz na conversação e no pensamento? O Pai, que nos dá o trigo para o celeiro, através do solo, envia-nos a luz através do Céu. Se a claridade é a expansão dos raios que a constituem, a fartura começa no grão. Em razão disso, o Evangelho não foi iniciado sobre a multidão, mas, sim, no singelo domicílio dos pastores e dos animais.
Simão Pedro fitou no Mestre os olhos humildes e lúcidos e, como não encontrasse palavras adequadas para explicar-se, murmurou, tímido:
- Mestre, seja feito como desejas.
Então Jesus, convidando os familiares do apóstolo à palestra edificante e à meditação elevada, desenrolou os escritos da sabedoria e abriu, na Terra, o primeiro culto cristão do lar”.


A sugestão é montar um quadro tridimensional com dobradura. Seleciona-se uma figura ou cena que representa o Culto do Evangelho no Lar e a criança vai ilustrar com colagem, desenho e pintura das vibrações de luz e amor que são proporcionadas a partir desse momento sublime de Jesus no Lar. No Brincando com Jesus podemos simular o culto ou até mesmo realizá-lo na casa de algum deles. Você pode levar copinhos de plástico, do tipo brinquedos com jarrinha colorida e dividir as tarefas.

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 7

Trabalhar a história espírita infantil “O Carrinho” do livro E, para o resto da vida...:
“Quando pequenos papai lutava com alguma difi culdade para manter a família, pois éramos
cinco filhos, todos pequenos. Como estávamos sempre a desejar um carrinho, como os filhos dos vizinhos tinham, ele, economizando um pouco, comprou-nos um, esclarecendo que pertenceria a todos.
Ficamos muito contentes mas, em breve, estávamos brigando, cada qual julgando ter primazia
para usar o brinquedo. Não podendo adquirir um carrinho para cada filho, certo dia, depois de uma das nossas muitas discussões, ele chamou-nos para conversar.
- Vocês estão se desentendendo por causa do carrinho e isso não é bom. Mas há um meio
de resolver o problema. Durante uma semana o carrinho vai pertencer apenas a um de vocês. Os
demais se ocuparão dos trabalhos da casa, auxiliando sua mãe. Aquele que estiver com o carrinho
poderá empregar o tempo do modo que quiser...
O plano não nos pareceu mau e, quando fizemos o sorteio para saber quem ficaria com o brinquedo
em primeiro lugar, fui o contemplado. Fiquei muito satisfeito, mas nos dias que se seguiram
percebi que brincar sem os companheiros era terrivelmente monótono. Trabalhando juntos, os meus
irmãos pareciam mais contentes e felizes do que eu.
Confessei-lhes o que estava sentindo e decidimos conversar outra vez com papai.
- E vocês, sentem-se satisfeitos trabalhando sem o Juca?
Meus irmãos responderam que não. Além do trabalho ter-se tornado mais árduo, eles sentiam
falta da minha companhia.
- Então, disse meu pai depois de pensar um pouco, por que vocês não resolvem o caso da
seguinte maneira: antes vocês realizam, juntos, as tarefas da casa. Com o tempo que restar, pois o trabalho ficará reduzido, poderão brincar à vontade com o carrinho. Que tal a idéia?
Achamos que a solução era ótima. Começamos a trabalhar juntos, auxiliando-nos uns aos
outros e, depois de tudo terminado, corríamos para o carrinho, usando-o para brincadeiras em grupo. Acabaram-se as brigas e até hoje eu e meus irmãos mantemos vivo esse espírito de cooperação e camaradagem.”


Vamos confeccionar um carrinho com sucata? Caixa de leite, suco, fósforo, remédio, a idéia é reciclar. O meio ambiente agradece! Se não houver a possibilidade de montar um carrinho para cada criança, vocês podem juntos confeccionar um carrinho apenas e no Brincando com Jesus, encenar a história pois os irmãos ficavam brigando pelo único brinquedo. Quer brincadeira melhor que essa? Logicamente, que o evangelizador vai levar algumas coisas prontas, manipular a pistola de cola quente, assim, a criança pode pintar as caixas, normalmente uso a tinta PVA branca para artesanato, não tem cheiro e nem é atóxica. A criança pode usar, claro, com supervisão de um adulto. Na segunda demão de tinta a criança já pode usar outras cores e o fundo original da embalagem, não aparece. É bem melhor que a guaxe pois rende, compra-se em tubos grandes e não empedra.

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 6

Conte a história “O que Jesus nos pede” do livro Escuta meu filho, do Espírito Aura Celeste:
“O pequeno Zacarias era um menino muito obediente. Toda a vizinhança o estimava muito,
porque estava sempre pronto para servir, além de ser delicadíssimo no trato com as pessoas e
animais. A mãe do menino chamava-se Ester e era ainda moça e bonita. O pai, Joeb, era um rapagão
de trinta anos, que ganhava a vida nos rudes trabalhos do campo.
Enquanto o pai trabalhava, Zacarias ajudava a mãe nos serviços do lar e estudava.
Crescia, assim, exercitando suas faculdades num ambiente de trabalhos e pureza.
Certa vez, a mãe adoecera gravemente. Joeb fora obrigado a fazer uma pausa nas lides do
campo, a fi m de proporcionar à esposa a assistência indispensável. As economias do casal não
eram bastantes que permitissem ao marido contratar os serviços de um médico.
Assim, passavam-se os dias e a saúde de Ester apresentava graves sintomas.
O marido começava a desesperar-se. Que poderia fazer naquela situação angustiosa?
Zacarias participava da preocupação do pai. Seu coração de filho amantíssimo estava
passando por duros transes. Às vezes, o menino se escondia nos cantos da casa para chorar,
longe da vista do pai aflito.
Certa manhã, em que o Sol dourava ainda mais o chão amarelo de Betânia, Joeb disse ao
garoto:
- Que sugeres? Devo ao campo ou continuar ao lado de Ester?
- Fica junto de mamãe, enquanto irei substituir-te na lavoura - fora a resposta pronta do menino.
- Mas, como, filho? Não chegaste ainda aos dez anos! Onde vais arranjar forças para o rude
trabalho da enxada?
- Não penses nisso, pai. Não te aflijas porque tudo há de correr bem. Até mamãe vai ficar boa
logo.
- Quem te disse isso, fi lho? - indagou Joeb, impressionado com o tom firme da voz de Zacarias.
O menino observou com íntima alegria o brilho de esperança nos olhos negros do pai e esclareceu:
- Tenho pedido muito ao Nazareno para curar mamãe...
- Onde o encontraste? Dizem que não existe nada mais difícil que um encontro com esse
Jesus que não conhecemos.
- Eu não o encontrei, pai. Faço meus pedidos por meio de minhas orações...
- Entretanto, Jesus não apareceu... - diz Joeb, melancolicamente.
- Mas aparecerá! Assim me diz o coração - afirma o menino em tom vivo e convicto, enquanto
tomava a enxada do pai.
Dentro de pouco, estava a caminho da roça do genitor. A tarefa daquele primeiro dia deixara grandes bolhas nos dedos do menino. As mãos apresentavam manchas avermelhadas com dolorimentos. Mas, Zacarias estava muito satisfeito por sentir-se útil aos queridos pais. Durante as horas de serviço, o pensamento estava sempre na mãezinha enferma. Coitada! Estava tão abatida!... Cada dia parecia mais magra. E se Jesus não atendesse ao seu pedido? Não, tal coisa não aconteceria. Por que, então, aquela certeza, perfumando o coração do menino?
Esses pensamentos visitavam a cabecinha de Zacarias quando, qual homenzinho, regressava
ao lar, de volta do trabalho. A uns cem metros da casinha humilde, encontrou-se com um moço muito belo, que lhe tomou as mãozinhas feridas e as beijou longamente. O menino, encantado e sob as impressões da alegria e da timidez, ouviu a voz suave e cheia de sonoridade divina do desconhecido:
- Zacarias, tua mãe está salva. Ela deve agradecer o fato ao teu coração de fi lho abnegado.
Aquele homem alto, em cujo olhar Zacarias contemplava uma luz mais brilhante que a do Sol, falou ainda:
- Há muito tenho escutado as rogativas de tua alma, porém, esperava o instante em que o
primeiro sacrifício saísse de tuas mãos. Porque somente àquele que se dispõe à ação, dentro do
Amor, é que Deus, o Pai Misericordioso, permite as grandes bênçãos. É preciso fazer alguma coisa
para merecer o olhar de Bondade do Pai. Zacarias compreendera que estava diante do Cristo e se jogou de joelhos aos seus pés, beijando-lhe as sandálias rotas.
Jesus levantou-o carinhosamente e apontou-lhe o caminho do lar, sem mais uma palavra.
O menino tomara a rota indicada com os olhos marejados de lágrimas e o peito arfando em
soluços incontidos. Em casa, a doce mãezinha aguardava o filho com as faces bonitas, mostrando o expressivo brilho da saúde que voltara.”


A idéia para o Trabalhando com Jesus é montar o corpinho do menino Zacarias e sua enxada, instrumento valioso de trabalho. Utilizamos barbante, cordão e retalhos de papel, EVA, retalho, o que você tiver à disposição. A criança nessa faixa etária precisa visualizar muito a figura do corpo humano, as partes, utilidades, assim, você reforça o esquema corporal. Muitas vezes a criança ao desenhar, esquece-se de algumas partes do corpo, isso se deve ao fato de ela não visualizá-las constantemente. O espelho na sala é fundamental.
No Brincando com Jesus podemos nos deslocar para uma grama, simulando o trabalho de Zacarias.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 5 - Jardim de Infância

Conte a história “A galinha afetuosa” do livro Alvorada cristã, do Espírito Néio Lúcio:


Obs: Quem quiser receber esse arquivo de figuras da história, pode entrar em contato por e-mail. Você pode imprimir ou projetar no data-show, assim vira um recurso tecnológico.

“Gentil galinha, cheia de instintos maternais, encontrou um ovo de regular tamanho e espalmouas asas sobre ele, aquecendo-o carinhosamente. De quando em quando, beijava-o, enternecida. Se saía a buscar alimento, voltava apressada, para que lhe não faltasse calor vitalizante. E pensava, garbosa: - “Será meu pintainho! Será meu filho!”
Em formosa manhã de céu claro, notou que o filhotinho nascia, robusto.
Criou-o, com todos os cuidados. No entanto, em dourado crepúsculo de verão, viu-o fugir pelas águas de um lago, sobre as quais deslizava contente. Chamou-o, como louca, mas não obteve resposta. O bichinho era um pato arisco e fujão.
A galinha, desalentada por haver chocado um ovo que não pertencia à família, voltou muito triste, ao velho poleiro; todavia, decorrido algum tempo e encontrando outro ovo, repetiu a experiência.
Nova criaturinha frágil veio à luz. Protegeu-a, com ternura, dedicou-se ao filho com todas as forças, mas, em breve, reparou que não era um pintainho qual fora, ela mesma, na infância. Tratava-se dum corvo esperto que a deixou em doloroso abatimento, voando a pleno céu, para juntar-se aos escuros bandos de aves iguais a ele. A desventurada mãe sofreu muitíssimo. Entretanto, embora resolvida a viver só, foi surpreendida, certo dia, por outro ovo, de delicada feição. Recapitulou as esperanças maternas e chocou-o. Dentro em pouco, o filhote surgia. A galinha afagou-o, feliz, mas, com o transcurso de algumas semanas, observou que o filho já crescido perseguia ratos à sombra. Durante o dia, dava mostras de perturbado e cego; no entanto, em se fazendo a treva exibia olhos coruscantes que a amedrontavam.
Em noite mais escura, fugiu para uma torre muito alta e não mais voltou. Era uma corujanova, sedenta de aventuras. A abnegada mãe chorou amargamente. Porém, encontrando outro ovo, buscou ampará-lo. Aninhou-se, aqueceu-o e, fi ndos trinta dias, veio à luz corpulento fi lhote. A galinha ajudou-o como pôde, mas, em breve, o filho revelou crescimento descomunal. Passou a mirá-la de alto a baixo. Fez-se superior e desconheceu-a. Era um pavãozinho orgulhoso que chegou mesmo a maltratá-la. A carinhosa ave, dessa vez, desesperou em defi nitivo. Saiu do galinheiro gritando e dispunha-se a cair nas águas de rio próximo, em sinal de protesto contra o destino, quando grande galinha mais velha a abordou, curiosa, a indagar dos motivos que a segregavam em tamanha dor. A mísera respondeu, historiando o próprio caso.
A irmã experiente estampou no olhar linda expressão de complacência e considerou, cacarejando:
- Que é isto, amiga? Não desespere. A obra do mundo é de Deus, nosso Pai. Há ovos de gansos, perus, marrecos, andorinhas e até de sapos e serpentes, tanto quanto existem nossos próprios ovos. Continue chocando e ajudando em nome do Poder Criador; entretanto, não se prenda aos resultados do serviço que pertencem a Ele e não a nós, mesmo porque a escada para o Céu é infinita e os degraus são diferentes. Não podemos obrigar os outros a serem iguais a nós, mas é
possível auxiliar a todos, de acordo com as nossas possibilidades. Entendeu?
A galinha sofredora aceitou o argumento, resignou-se e voltou, mais calma, ao grande parque avícola a que se filiava.
O caminho humano estende-se, repleto de dramas iguais a este. Temos filhos, irmãos e parentes diversos que de modo algum se afi nam com as nossas tendências e sentimentos. Trazemconsigo inibições e particularidades de outras vidas que não podemos eliminar de pronto. Estimaríamos que nos dessem compreensão e carinho, mas permanecem imantados a outras pessoas e situações, com as quais assumiram inadiáveis compromissos. De outras vezes, respiram noutros climas evolutivos.
Não nos aflijamos, porém.
A cada criatura pertence a claridade ou a sombra, a alegria ou a tristeza do degrau em que se colocou. Amemos sem o egoísmo da posse e sem qualquer propósito de recompensa, convencidos de que Deus fará o resto”.


Para o Trabalhando com Jesus, a idéia é confeccionar uma galinha e modelar os ovinhos chocados por ela com massinha ou até mesmo papel amassado, para trabalhar a coordenação motora, reaproveitar caixinhas de todinho, retalhos de EVA e palha ou pó de serragem ou quaisquer outros materiais que você tiver a disposição. E no Brincando com Jesus eles podem encenar a história, brincar com a galinha...

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 4 - Jardim de Infância

“Contando uma história”: O besouro casca dura. Era preguiçoso e ao despertar no mundo espiritual entendeu sua triste condição de não ter feito nem o bem, nem o mal, reencarnando novamente para aprender a lição do trabalho.

Você poderá nesta aula contar a história espírita infantil “O besouro casca-dura”, do livro: O Besouro Casca-Dura e outros contos, de Iracema Sapucaia:

“Havia na Floresta Maravilhosa uma flor vermelha, que era a casa de um besouro preguiçoso. Quando amanhecia e todos os bichinhos começavam a trabalhar, o besouro virava-se de umlado para outro, dava um bocejo, soltava um “zum-zum” muito rouco e dormia, novamente. Na floresta, era um verdadeiro escândalo sua vidinha ociosa. Não lhe servia de lição ver passar por sua casa centenas de formiguinhas trabalhadoras, as quais, numa fi la perfeita, encaminhavam-se
para o serviço, todas de enxadinha ao ombro, cantando; nem o bordado de Dona Aranha, sempre preocupada em melhorar seu complicado aranhol pendurado em dois galhos de uma bananeira. O que desejava o besouro casca-dura era, mesmo, dormir... Quando a fome apertava, descia ele, pesadão, de sua linda casa vermelha e, sem esforço nenhum, colhia algumas folhinhas macias das plantas que estavam ali por perto e comia, comia, comia... Depois, voltava ao lar e tirava uma
boa soneca.Ora, em uma noite muito estrelada aconteceu que, de repente, o besouro foi acordado por um forte toque de corneta.
‘Que barulho! O que há?’ - pensou ele, abrindo os olhos. E, nesse momento, ouviu a voz de um grilo, que anunciava:
- Venham! Venham todos! Vamos comemorar o aniversário da nossa pátria, a Floresta Maravilhosa!Venham! Depressa!
‘Ora, exclamou o Besouro Casca-Dura, espreguiçando-se. Se eu vou dar-me ao trabalho de sair da minha caminha para assistir à festa!’
E voltou a dormir. Mas, os outros bichos, grandes e pequenos, atenderam ao convite. A festa seria realizada em uma grande gruta. Milhões de vaga-lumes forravam o teto da gruta como se fossem estrelas a derramar fachos de luz. Os bichos, muito alegres, iam entrando, extasiados. Ondas de perfume de flores silvestres inundavam o ambiente. E a orquestra de pássaros começou a tocar músicas
lindíssimas. A festa abrilhantou-se ainda mais com o número dos macacos acrobatas. Piruetas, cambalhotas e alguns tombos no chão arrancavam gargalhadas e aplausos da enorme assistência. Veio, depois, o número das onças e da coelhinha bailarina, que dançava sobre duas patinhas, apoiada no dorso de duas onças pintadas. Alva, tão alva quanto a neve, com dois olhinhos cor-de-rosa, a
coelhinha pulava, rodopiava, executando os mais lindos passos de bailado.
A bicharada batia palmas. E os fachos de luz dos vaga-lumes se cruzavam, tentando focalizar os três executantes. E, assim, foi se desenrolando a linda festa de aniversário da floresta; festa que entrou pela noite, extasiando aqueles ingênuos bichinhos até os primeiros clarões da madrugada.
O Besouro Casca-Dura, entregue à sua preguiça crônica, vivia perdendo espetáculos como o do aniversário da Floresta Maravilhosa. Não saía quase de casa, não trabalhava, não pensava na vida. Vadio, o que ele queria era dormir, dormir, dormir...
Aconteceu, porém, em certo dia, que um grupo de formigas saúvas resolvera edifi car um novo formigueiro. Lugar para isso é que estava difícil de ser encontrado. Procura daqui, procura dali, e a escolha caiu num lugar limpinho que fi cava perto da casa de Casca-Dura. E as formiguinhas iniciaram seu trabalho de construção... Serra que serra, bate que bate, e naquele mesmo lugar foi
aparecendo uma elevação - base da nova residência das senhoras formigas.
Um mês depois, já a casa do Besouro Casca-Dura ficava lá em baixo, enquanto o formigueiro se erguia, cada vez mais majestoso. Parece impossível, inacreditável, mesmo, mas a verdade é que o besouro nada percebeu!
Quando ele saía de casa (sempre sonolento) mal alçava os olhos em redor de si; e, por isso mesmo, não viu a construção nova! O tempo passava. E eis que um belo dia, um tamanduá (o grande devorador de formigas)pôs-se a caçar, ali por perto. Estava desesperado pela fome. As formigas (coitadas!) nem ao menos puderam fugir... Iam sendo engolidas, às dezenas! Na sua fúria, o faminto tamanduá, de súbito, enlaçou com a sua comprida língua a casa do Besouro Casca-Dura e... lá se foram a casa e o besouro para o seu papo.
Desse modo triste, pagou o nosso Besouro Casca-Dura a imprudência de viver dormindo e comendo, comendo e dormindo, o dia todo, todo o dia...
Mas, a alma dos animais, como a do homem, não morre! E, assim, a alma do besouro, saída da dura casca, que era seu corpo, foi ter ao mundo espiritual. Chegando lá, Casca-Dura foi recebido por um besourão, que logo lhe disse:
- Então, meu filho, o que há com você? Pela cor do seu corpo espiritual, ou seja, de seu perispírito, que está um pouco preto, vejo que não aproveitou as lições da Terra. Que andou você fazendo, quando vivia na floresta?
Casca-Dura, vendo que não podia mentir, respondeu, envergonhado:
- Eu... eu... eu andei dormindo muito!
- Ah, vê-se logo, disse o besourão, sacudindo a cabeça. Nunca trabalhou e nunca fez o Bem, não é assim? Pois, senhor Casca-Dura, aqui só podem ficar besouros que não sejam dorminhocos... Vá, vá, Besouro Casca-Dura, e só volte depois de aprender a trabalhar mais e a comer menos. Aceite o meu conselho: trabalhe e faça o bem ao próximo! Evolua! Volte para a floresta. Não perca mais tempo!
O Besouro Casca-Dura só teve tempo de dizer sim, pois, de repente, não enxergou mais nada... E, quase naquele mesmo instante, nasceu na floresta um besourinho, muito pretinho, que logo recebeu o apelido de “Casca-Durinha”. E o besourinho só pensava em trabalhar, trabalhar! Mas, porque ele trabalhava tanto, assim, ninguém sabia...



No Trabalhando com Jesus, a idéia é confeccionar um besouro com fundo da caixa de ovo, asas do próprio material e cabeça de papel de seda preto amassado e olhinhos. Logicamente, que para as crianças do nível I, muita coisa você já vai levar preparada, evitar cola quente, próximo aos pequenos, assim eles vão pintar com guache preta o corpo e as asas do inseto e fazer a cabeça. O rolinho de papel higiênico foi dobrado como se fosse um binóculo, pois a criança deverá encaixar seus dedinhos indicar e anelar para brincar no momento do Brincando com Jesus. Viu a importância do sucatário?

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 3 - Jardim de Infância

Contando uma história”: Juca Lambisca. Aquele menino que sofria do mau da gula e teve que aprender a controlar seus próprios instintos e vontades através da reencarnação.
Você poderá contar a história espírita infantil Juca Lambisca, de Casimiro Cunha:

“Rabugento e malcriado,
Esperto como faísca,
Era um menino guloso
O nosso Juca Lambisca.

Toda hora na despensa,
Pé macio e mão ligeira,
O maroto parecia
Um rato na prateleira.

No instante das refeições,
Afligindo os próprios pais,
Ele comia depressa,
Repetindo: - Quero mais!
com o corpo.

Gritava: - Quero mais peixe!
Quero mais leite e mais pão!
Quero mais sopa no prato,
Mais arroz e mais feijão!

D. Nicota falava,
Ao vê-lo sobre o pudim:
- Meu filho, escute! Você
Não deve comer assim.

Mas o Juca respondão
Gritava, erguendo a colher:
- A senhora nada sabe;
Eu como quanto eu quiser.

Na escola, Juca furtava
Pastéis, bananas, pepinos,
Tomando à força a merenda
Das mãos dos outros meninos.

A vida do nosso Juca
Era comer e comer ...
Mas foi ficando pesado,
E a barriguinha a crescer...

Gabriela, a companheira
Da cozinha e do quintal,
Falava, triste: - Ah! meu Juca,
A sua vida vai mal!

Não valiam bons conselhos
Do papai ou da vovó,
Fugia de todo estudo,
Queria a panela só...

Espíritos benfeitores,
No lar em prece, ao seu lado,
Preveniam, caridosos:
- Meu filho, tenha cuidado.

Mas, depois das orações,
O nosso Juca, sem fé,
Comia restos de prato
Na terrina ou no cuité.

A todo instante aumentava
A grande comedoria,
Sujava a cozinha e a copa,
Procurando papa fria.
Um dia, caiu doente,
E o doutor João do Sobrado
Receitou: - Este garoto
Precisa comer regrado.

Mas alta noite ele foge...
E, mais tarde, a Gabriela
Viu que o Juca estava morto
Debruçado na gamela.

Muito triste o caso dele...
Coitado! Embora gordinho,
O Juca morreu cansado
De tanto comer toucinho.

Desencarnado, o Lambisca,
Na vida espiritual,
Estava do mesmo jeito
E o barrigão tal e qual.

Acorda num campo lindo...
E agora, que não mais dorme,
Vê muita gente a sorrir
Por vê-lo de pança enorme.

Tem a impressão de trazer
O peso de um grande bumbo.
Quer levantar-se, porém
A pança cai como chumbo

Juca xinga nomes feios...
Faz birra, choro e escarcéu
E pede com gritaria:
- Eu quero subir ao Céu!

Surge um Espírito amigo,
Carinhoso e benfeitor,
Que o recolhe com bondade
Nos braços cheios de amor.

Deu-lhe as mãos e disse: - Filho,
Levanta-se, cale e ande...
Ninguém sobe à Luz Divina
Com barriga assim tão grande...

Mas o Juca, revoltado,
Ergue os punhos pesadões
Contra tudo e contra todos,
A murros e pescoções.

Depois berra: - Esta barriga
É grandona, mas é minha!
Eu quero comer no tacho,
Quero morar na cozinha!

Multidões surgem a ver
O menino barulhento.
E o Juca, com pontapés,
Aumentava o movimento.

Um sábio aparece e fala:
- O Lambisca não regula,
Enlouqueceu de repente
De tanto cair na gula.

Foi preciso, então, prendê-lo...
Amarrado e furioso,
O pequeno parecia
Um cachorrinho raivoso.

Os Protetores, após
Guardá-lo em corda segura,
Oravam, dando-lhe passes,
Com bondade e com doçura...

Viu-se logo o olhar do Juca
Fazer-se brando, mais brando...
O menino foi dormindo
E a barriga foi murchando...

Os amigos decidiram,
Assim como um grande povo,
Que o Juca a fim de curar-se
Devia nascer de novo.

Lambisca a dormir, coitado,
Ele - tão forte e mandão,
Renasceu, muito pequeno,
Um simples bebê chorão.

E para esquecer a gula
Cresceu doente e magrinho...
Só bebia caldo leve,
Sem feijão e sem toucinho.”


Para o Traalhando com Jesus, você pode trabalhar com a construçao do boneco Juca, boneco móvel com grampo do tipo bailarina. Você pode já levar as partes recortadas e perfuradas (atrás pode passar fita adesiva para nao rasgar as partes) e vai perguntando o nome das partes do corpo, para que serve, fazer uma ginástica com o boneco... Afinal, agora, ele já aprendeu a lição, sabe que precisa comer apenas o suficiente e sobretudo se exercitar na prática do bem e do amor. No Brincando com Jesus, deixe eles bem à vontade para se deslocar do lugar e movimentar o boneco Juca, a idéia é essa mesmo.

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 2 - Jardim de Infância

“Contando uma história”: O carneiro revoltado. O que antes era inconformado com o seu próprio corpo e assim, aprendeu a duras penas como valorizá-lo.

Conte esta bela história, para as crianças, “O Carneiro Revoltado” que está no livro Alvorada cristã, do Espírito Neio Lúcio:

“Certo carneiro, muito inteligente, mas muito indisciplinado, reparou os benefícios que a lã espalhava em toda parte e, desde então, julgou-se melhor que os outros seres da Criação, passando a revoltar-se contra a tosquia.
- Se era tão precioso - pensava -, por que aceitar a humilhação daquela tesoura enorme?
Experimentava intenso frio, de tempos a tempos, e, despreocupado das ricas rações que recebia do redil, detinha-se apenas no exame dos prejuízos que supunha sofrer.
Muito amargurado, dirigiu-se ao Criador.
- Meu Pai, não estou satisfeito com a minha pelagem.
A tosquia é um tormento...
Modifi que-me, Senhor!...
- Que deseja que eu faça?
Vaidosamente, o carneiro respondeu ao Criador:
- Quero que minha lã seja toda de ouro.
A rogativa foi satisfeita. O carneiro tornou-se todo de ouro.
Assim que o orgulhoso ovino se mostrou cheio de pêlos preciosos, várias pessoas ambiciosas atacaram-no sem piedade. Arrancaram-lhe, violentamente, todos os fios, deixando-o em chagas.Infeliz, a lastimar-se, correu para o Altíssimo e implorou:
- Meu Pai, mude-me novamente! Não posso exibir lã dourada... encontraria sempre salteadoressem compaixão.
- Que quer que eu faça?
O carneiro, com mania de grandeza, suplicou:
- Quero que minha lã seja lavrada em porcelana primorosa.
E o carneiro teve sua lã trasformada em porcelana.Logo que o carneiro tornou ao vale, apareceu no céu enorme ventania que lhe quebrou todos os fios, dilacerando-lhe a carne.Aflito, queixou-se ao Todo-Misericordioso:
- Pai, renove-me!... A porcelana não resiste ao vento...Estou exausto...
- Que deseja que eu faça?
O carneiro nem pensou e foi dizendo:
- Para não provocar ladrões nem me ferir com porcelana,
quero que minha lã seja feita de mel.
O Criador satisfez o pedido.
A lã do carneiro tornou-se do mais puro mel. Mas, logo que o pobre se achou no redil, bandos de moscas asquerosas cobriram-no em cheio e, por mais que corresse campo afora, não evitou que elas lhe sugassem os fi os adocicados.
O mísero voltou ao Altíssimo e implorou:
- Pai, modifi que-me... as moscas deixaram-me em sangue!
- Que quer que eu faça?
O carneiro pensou, pensou e considerou:
- Eu seria mais feliz se minha lã fosse semelhante às folhas de alface.
Atendido, voltou à planície, na caprichosa alegria de parecer diferente dos demais. Quando alguns cavalos puseram os olhos no carneiro, ele não conseguiu melhor sorte que de outras vezes. Os eqüinos prenderam-no com dentes e, depois de lhe comerem a lã, abocanharam-lhe o corpo. O carneiro correu na direção do Juiz Supremo, gotejando sangue das chagas profundas, e,em lágrimas, gemia:
O Todo-Compassivo, vendo que ele se arrependera com sinceridade, observou:
- Meu Pai, não suporto mais!...Não pretendo a superioridade sobre meus irmãos.
- Reanime-se, meu filho! Que pede agora?
O carneiro infeliz pediu em pranto:
- Pai, quero voltar a ser um carneiro comum, como sempre fui.
E terminou: - Quero ser simples e útil, qual o Senhor me fez.
- Hoje sei que meus tosquiadores são meus amigos. Nunca me deixaram ferido e sempre me deram de beber e de comer.
O Pai sorriu, bondoso, abençoou-o com ternura e falou:
- Volte e siga o seu caminho em paz. Você compreendeu, enfim, que meus desígnios são justos.Cada criatura está colocada, por minha Lei, no lugar que lhe compete, e, se você pretende receber,aprenda a dar.
Então o carneiro, envergonhado, mas satisfeito, voltou para o vale, misturou-se com os outros e daí por diante foi muito feliz”.


A idéia para o Trabalhando com Jesus é levar o carneirinho pronto em EVA ou qualquer outro material e propor a confecção de um fantoche para as crianças colarem a pelagem: lã, algodao, rococó branco... E no Brincando com Jesus podemos trabalhar com o reconto da história, dramatizaçao e etc.

terça-feira, 13 de março de 2012

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 1 - Jardim de Infância

O foco temático do "Contando uma história", gira em torno da história infantil " O ovo da galinha cré cré", veja o recurso simples que pode ser confeccionado com restos de retalho de EVA e caixa de papelão, pois ao final, você guarda os materiais dentro dela.


“A galinha Cré cré, um dia, botou a boca no mundo: Có Coró Cocó, có, coró, cocó!!
É que, de repente, encontrou-se deitada sobre aquela maravilha.
- Um ovo! - gritou, chamando meio mundo.
Na mesma hora, veio seu marido, o galo Cró Cró.
Depois, veio seu pai, aquele velho que seria o avô.
A avó não poderia faltar. Foi logo dizendo:
- Meu primeiro neto!
O galinheiro em peso veio ver o ovo.
O pai, orgulhoso, dizia:
- Vai ser médico!
O outro avô, sorrindo, previa:
- Vai dar galo, na cabeça.
A outra avó garantia:
- Será o primeiro da classe!...
A família insistia:
- Vamos mandar pra Europa.
Os vizinhos aconselhavam a mãe, ao ver um gato rondando:
- Pode dar em nada, se você não cuidar.
Mas a galinha Cré Cré repetia, sentada feliz no seu ninho:
- Não interessa. Ele vai ser o meu fi lhinho! E vai seguir os ensinamentos de Jesus!”
(história adaptada)

Mas como Jesus é o foco principal da aula, para o Trabalhando com Jesus, a proposta é que você recicle materiais do tipo caixa de leite, suco, pó de serragem ou qualquer outro material que tenha à disposição. Vamos procurar desenvolver o sentimento do carinho, amor e cuidado ao se montar a manjedoura do menino que nos deu essa singelo exemplo de humildade nascendo ao lado dos animais. No "Brincando com Jesus" podemos embalar o menino com doces canções, acariciá-lo, colocá-lo para dormir...

Conceitos Importantes:

Que significa o "TRABALHANDO COM JESUS"?

Atividades práticas associadas ao conteúdo do dia e ao que foi trabalhado no Aprendendo com Jesus.
Esta Vivência proporciona à criança o desenvolvimento de um sentido prático para a teoria, diante da possibilidade de torná-la real,
auxiliando a criança a transpor para a vida os valores cristãos estudados. Oportuniza também o desenvolvimento psicomotor, com atividades
que atendam ao princípio de complementariedade, enriquecendo e reforçando a aprendizagem, tais como: práticas de vida cristã, música, artes
plásticas, artes cênicas, dramatização.

Que significa o "BRINCANDO COM JESUS"?

Desenvolve a conduta cristã por meio da brincadeira, sempre relacionando brincadeiras e brinquedos com o conteúdo do dia e situações
reais da vida. Esta Vivência deverá enfatizar a conduta cristã no lar e nas situações reais da criança. É o momento de brincar de viver.
A recreação livre, os jogos dirigidos, a imitação (vida no lar, afazeres dos pais, profissões, etc.) são algumas atividades que poderão ser
utilizadas nesta Vivência.

Boas Novas para as jardineiras de plantão!!!

Arquivo completo da exposição do Encontro de Evangelizadores de Infância com sugestões para o Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus – Jardim – Nível I, aliando a literatura espírita infantil, da sessão “Contando uma história”, às artes plásticas e à reciclagem, como meio de fixação dos conteúdos do plano de unidade.

Não percam! E não se esqueçam de começar a organização do sucatário que é elemento essencial para realização desse trabalho. A partir de hoje, ninguém mais joga fora: caixa de leite,suco, rolo de papel higiênico, tampinhas... E mãos à obra!!!

domingo, 11 de março de 2012

Encontro de Evangelizadores da Infância - A criança e a prática.

Ontem e hoje, 11/03/2012, pudemos refletir bastante sobre a importância da laborterapia no trabalho de Evangelização Infantil. Trocamos muitas experiências nas diversas oficinas: teatro, dança para o nível I, desenho, fuxico, recursos didáticos, dentre outras.
Quem não foi, simplesmente perdeu esse banquete de luz pois o trabalho prático é um verdadeiro tratamento de enfermidades físicas e mentais.

Agora, avante jardineiras de plantão! Implementemos o mais rápido possível essa atividade que proporciona: concentração, percepção, atenção, disciplina, coordenação motora e muito, muito mais...

A propósito, em breve estarei postando as atividades do Jardim sugeridas no encontro, relacionadas ao "Trabalhando com Jesus" e "Brincando com Jesus", aliados à sessão: "Contando uma história". Assim, trabalhamos a literatura espírita infantil às artes plásticas e sobretudo à reciclagem de materiais, afinal sustentabilidade planetária é assunto sério e precisa ser trabalhado na mais tenra idade.

Providenciem a coleta e organização do sucatário e aguardem as novidades!!!

Organizando um sucatário

"Do mesmo modo que uma biblioteca se compõe de livros, o sucatário é um acervo de sucata, organizada e classificada. Sucata é qualquer coisa que perdeu seu uso original, que se quebrou, que não serve mais ou que não tem mais significado... Coisas aparentemente inúteis, mas que servem para brincar, para dar nova forma e novo sentido. (Sucata é tudo e é nada)
Para montar um sucatário é preciso começar a coletar sucata. Outro requisito é ter espaço, desde uma gaveta, apenas, até algumas prateleiras, um armário ou uma salinha. Depois de resgatado e limpo o material, passa-se a oranizá-lo, de acordo com o espaço disponível.
Uma vez por mês, por eemplo, podemos passar para buscar "preciosidades" no marceneiro (toquinhos e ripas de madeira); na costureira e na malharia (pedacinhos de tecido, lã e linha, carretéis e bobinas), no pediatra (caixinhas de amostra de remédios e folhetos de propaganda dos mesmo, conta-gotas, tubos de esparadrapo...) Crianças maiores e adolescentes também podem comprometer-se a fazer essas visitas mensais.
Esssa proposta requer envolvimento por parte das pessoas interessadas em montar o sucatário: é diferente de ir guardando devagarzinho "sucata caseira" (caixinhas de fósforo e palitos de fósforos riscados, rolhas, embalagens de todos os tipos). De fato, o tamanho do sucatário e sua variedade e diversidade devem estar de acordo com os objetivos de quem dele se utilizará.
Para o educador e para o profissional da área de aretes, é preciso alguma paciência e disciplina para montar um bom sucatário. Isso porque tudo o que está sujo e empoeirado precisa ser limpo, para então ser separado, dividido, classificado. Sempre oservando se: o material resgatado é atóxico? Não oferece risco para quem dele se utilizará? Ninguém vai guardar latas enferrujadas ou tubos de ensaio partidos, não é?
O sucatário deve ser sempre limpo e esteticamete bonito, tão "belo" e "nobre" quanto um varal de papéis de seda colorido ou retalhinhos de papel camurça. Que seja agradável de tocar, que seja estimulante e sugestivo, atraente, e dê vontade de mexer, usar, sentir, pensar e ter idéias para brincar, trabalhar, esburacar e transformar.
Outro jeito de fazer a coleta de sucata é por fases. Trabalhando com crianças e adolescentes, o educador pode fazer listas de sucata para ser trazida, por exemplo, de acordo com as estações do ano. Caroços de frutas da época, flores e folhas secas, paina, pinhas e cascas de nozes.
No verão, cabe coletar palitos de sorvete, embalhagens de creme e bronzeador, tampinhas de regrigerante. Assim propomos também, além de coleta de materiais de sucata, uma maior observação do meio ambiente e das pessoas, dos ritmos da cidade e da natureza, resgatando uma linguagem lúdica e poética associada ao trabalho.
Na verdade, o importante é ter prazer nesse trabalho e encontrar um estilo próprio, seja na coleta, seja na organização.
Pode ser interessante começar a separar primeiro pelo tipo de material: isopor, papel, madeira, lata, plástico, e asssim por diante. Feita essa grande separação, pode-se partir para uma separação mais sutil: madeiras grandes/madeiras médias/madeiras pequenas. Para depois passar a fazer pequenos subgrupos. No grupo de madeiras médias, separar pelas formas: quadrados, retângulos, varetas, palitos, rodinhas. Todos esse trabalho pode ser feito como um jogo de aproximação e afastamento, agrupamento e separação, com o grupo que se interessar a gostar de brincar dessa maneira.
Pouco a pouco, podemos aderir a subdivisões cada vez mais sutis - e esse é um trabalho que leva a área de artes para a matemática, e vice-versa. Poderíamos, no setor de papéis, separar papéis grandes e papéis pequenos; nesses dois grupos, fazer a separação por cores; mais tarde em cada cor encontrar tonalidades e texturas diferentes! Existe também um conteúdo filosófico e afetivo nesse trabalho, quando as crianças percebem que o igual pode ser também diferente; que parecido não é igual; que cada pedacinho de papel é único e poderia se tornar diferenciado por suas características não imitáveis (um rasgo, uma forma maluca, uma mancha de tinta, enfim, pois não estamos lidando com folhas inteiras e "zero-km" mas sim com usadas, coladas, pregadas, amassadas até, que as crianças vão descolar, despregar, desamassar par acolar, pregar e amassar novamente como quiserem.)"

Marina M . Machado, O brinquedo - sucata e a criança, p.26-28,36,37)