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domingo, 8 de abril de 2012

Trabalhando com Jesus/Brincando com Jesus - Aula 24

Conte a história espírita infantil “Amor com amor se paga”, cap.15 do livro Escuta, meu filho, de Aura Celeste:
“Algumas meninas reuniram-se à Isabel para ouvir as histórias de D. Clara. A boa velhinha saudou-as carinhosamente, na demonstração mais expressiva de sua ternura inesgotável.
- Eu já estava com imensas saudades de vocês, queridas fi lhas! Então, como passaram esses dias de chuva, hein?
- Muito mal - adiantou Leda -, pois não pudemos participar dos maravilhosos serões desta casa...
- Não lastime o fato, Leda, pois ainda não morri e poderei contar muitas histórias para vocês.
Para que elas não saiam perdendo, eu reproduzirei as narrativas que não puderam ouvir, não é, Vovó? - lembrou Isabel com entusiasmo.
- Muito bem! Você teve ótima lembrança. Enquanto você conta essas histórias, estará registrando-as na memória ...
Dona Clara esperou pacientemente que a netinha recordasse os episódios descritos nos dias anteriores. De vez em quando, entrava no assunto para focalizar um e outro detalhe importante que Isabel deixava fi car para trás.
- Passemos agora à narrativa de hoje - disse a bondosa velhinha.
- Muito bem! - aplaudiram as meninas.
Quando Jesus andava pela Judéia, encontrou, certa vez, uma menina enferma. Estava ela nos braços da mãe, porque era paralítica.
A mãe havia andado muitas milhas para vir à presença do Mestre. A criança era muito formosa.
Os olhos azuis pareciam gemas preciosas no engaste cor-de-rosa de suas faces acetinadas.
Bem se notava que a menina não era judia. Viria, com certeza, de alguma leva de peregrinos de longes terras do norte. O certo é que ali se achava e facilmente se podia avaliar o extremo estado de penúria em que se viam a braços, mãe e filha.
Vencendo os embaraços antepostos pela multidão, com difi culdades imensas, a pobre mãe aproximou-se fi nalmente do Cristo, mostrando-lhe o precioso pequeno fardo, com um misto de orgulho e dor. Os olhos cansados e tristes da infeliz pareciam dizer:
- Vede Senhor, como é bela a minha filhinha! Curai-a, pelo Amor do Pai!
Jesus, que sabia tudo quanto ia nos pensamentos das criaturas, dirigiu-se à mãe aflita:
- Sim, mulher; tua filha é muito linda e tua fé luminosa é digna das Bênçãos Divinas!
- Oh, Senhor! Então, ides curar a pobrezinha? acentuou a pobre mãe, num arroubo de alegria misturada à esperança.
- Traze-me a pequenina. Quero vê-la de perto...
A mulher arremessou-se para junto do Mestre como náufrago que se atira aos braços salvadores que acenam carinhosamente.
Jesus tomou a menina nos braços. Ela contava de quatro a cinco anos. Derramava um olhar muito claro e suave no rosto formoso do Cristo. Parecia interrogar àquele semblante amigo sobre problemas que ela própria não sabia quais fossem.
Um sorriso leve apareceu nos lábios de Jesus. Depois, acariciando de manso, com o queixo, as madeixas douradas da menina, disse-lhe:
- Queres sarar, pequena?
Os olhos da menina abriram-se, iluminados pela alegria que os inundara. Ela respondeu que sim, com um aceno da cabecinha loura.
- Por que queres sarar? - continuou o Mestre.
- Para alegrar minha mãezinha - responde suavemente a menina.
- Que farás se Deus permitir a tua cura? - prosseguiu Jesus, acariciando sempre a cabecinha que se inclinava, confiante, no Seu peito.
- Quero carregar muito a minha mãezinha...
- Muito bem, filha. Vai com tua mãe pelas tuas próprias pernas...
Assim falando, Jesus depôs a menina no chão. Sob o olhar estupefato da multidão, a criança começou a caminhar. A mãe viera-lhe ao encontro, chorando convulsivamente.
Afastaram-se ambas, após haver a mulher se prostrado aos pés de Jesus, num agradecimento tocado de humildade.
Quando se perderam na distância, um dos discípulos perguntou ao Mestre:
- Que fará, realmente, essa menina? Que significa a sua última afirmativa?
- Ela será a providência de seu lar e carregará muitas vezes a mãezinha nos braços... - as palavras saíram reticentes dos lábios de Jesus.
Seus olhos pareciam ver, através do véu que encobre o futuro. Depois concluiu, com leve acento de dor:
- Pobre mulher! Dentro de alguns anos, estará paralítica ...
Houve um silêncio de compreensão. O povo permanecia afastado, sob as emoções intraduzíveis que aquela cura provocara.


Pode ser caixa de leite, suco ou até de fósforo daquele modelo maior. A unidade gira em torno do lar e das duas personagens que podem ser utilizadas no Brincando com Jesus, fantoches de vareta: mãe e filha. Essa é uma belíssima lição!!!

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