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sábado, 14 de janeiro de 2017

Teatrinho de Abertura: A Lição Inesquecível

(cenário de casa com mesa farta, cesta com frutas, enfeites com flores, pessoas bem arrumadas demonstrando uma boa situação econômica)









NARRADOR: Hilda, menina abastada, diariamente dirigia más palavras à pequena vendedora de doces que lhe batia humildemente à porta da casa.
HILDA: Que vergonha! De bandeja! De esquina a esquina! Vai-te daqui! — (gritava, sem razão.)
NARRADOR: A modesta menina se punha pálida e trêmula. Entrementes, a dona da casa, tentando educar a filha, vinha ao encontro da pequena humilhada e dizia, bondosa:
MÃE: Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos?
MENINA: Foi a mamãe. (A mocinha, reanimada, respondia, contente:)
MÃE: Parecem muito apetitosos!!! Vamos comprar 6 deles.
MENINA: Muito obrigada senhora! Que Deus lhe recompense!!! Tchau!!!
MÃE: Hilda, não brinques com o destino. Nunca expulses o necessitado que nos procura. Quem sabe o que sucederá amanhã? Aqueles que socorremos serão provavelmente os nossos benfeitores.
PAI: Não zombes de ninguém, minha filha! O trabalho, por mais humilde, é sempre respeitável e edificante. Por certo, dolorosas necessidades impelirão uma criança a vender doces, de porta em porta.
NARRADOR: Hilda, contudo, no dia seguinte, fustigava a vendedora, exclamando:
HILDA: De novo? Fora daqui! Bruxa! bruxa!...
NARRADOR: A mãe devotada acolhia a pequena descalça e repetia à filha as advertências carinhosas da véspera. (apenas a cena ocorre novamente juntamente com a presença do médico desenganando a saúde do pai de Hilda)
Correu o tempo e, depois de quatro anos, o quadro da vida se modificara. O paizinho de Hilda adoeceu e debalde os médicos procuraram salvá-lo. Morreu numa tarde calma, deixando o lar vazio.
MÃE: E agora minha filha? O que será de nós duas?  Sinto-me extremamente abatida e, com as despesas enormes, só contas e dívidas sem fim, não vou conseguir arrumar emprego desse jeito. Mal consigo me mover.
NARRADOR: A menina, anteriormente abastada, não podia agora comprar nem mesmo um par de sapatos. Aflita por resolver a angustiosa situação, certa noite Hilda chorou muitíssimo, lembrando-se do papai. Dormiu, lacrimosa, e sonhou que ele vinha do Céu confortá-la. Ouviu-o dizer, perfeitamente:
PAI: Não desanimes, minha filha! As dificuldades são passageiras em nossa vida e servem para o nosso próprio crescimento. Tenha coragem! Força e fé! Vai trabalhar! Seja útil! O trabalho é bênção de Deus em nossas vidas! Vende doces para auxiliar a mamãe!...
NARRADOR: Despertou, no dia imediato, com o propósito firme de seguir o conselho. Ajudou a mãezinha enferma a fazer muitos quadrinhos de doce de leite e, logo após, saiu a vendê-los a algumas pessoas generosas. (Enquanto isso na rua...)
MENINOS: Sai daqui! Bruxa de bandeja!...
NARRADOR: Sentia-se triste e desalentada, quando bateu à porta de uma casa modesta. Graciosa jovem atendeu. Ah! que surpresa! Era a menina pobre que costumava vender cocadas noutro tempo. Estava crescidinha, bem vestida e bonita. Hilda esperou que ela a maltratasse por vingança, mas a jovem humilde fitou nela os grandes olhos, reconheceu-a, compreendeu-lhe a nova situação e exclamou, contente:
MENINA: Que doces tão perfeitos! Quem os fez assim tão lindos? A interpelada lembrou os ensinamentos maternos de anos passados e informou:
HILDA:  Foi a mamãe.
MENINA: Parecem muito apetitosos!!! Hummmm!!! Muito bom!!! Vou ficar com todos dessa bandeja e amanhã pode voltar que vou adquirir mais alguns.
HILDA: Muito obrigada do fundo do meu coração.
NARRADOR: A ex-vendedora abraçou-a com sincera amizade. Desse dia em diante, a menina vaidosa transformou-se para sempre. A experiência lhe dera inesquecível lição.
(adaptação da psicografia de Francisco Cândido Xavier – Espírito: Neio Lúcio)


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